domingo, 31 de maio de 2015

Entre mim e a bela Sacramento (MG) d´outrora, teceram-se duradouros laços de bem querer.


A bela Sacramento- , de bem antigamente, ficava, a uma hora de Jardineira, da matuta Conquista, d´outrora. Sacramento, como Conquista, também, por ser uma cidadesinha qualquer no dizer de Carlos Drummond de Andrade, adormecia cedo e caminhava a passos lentos de tartarugas, em se tratando de desenvolvimento pujante... ara! 
Mas, a bela Sacramento- era uma cidadesinha limpa, toda calçadinha de paralelepípedo bem talhados, ela sempre se amanhecia de auroras- a iluminar suas largas avenidas e suas ruasinhas; ela sempre se amanhecia de bocejos juvenis a caminho da escola local, da qual todos os habitantes se orgulhavam, porque, em fim, era um ginásio, o que fazia a diferença entre ela e as demais cidadesinhas a seu entorno; ela sempre se amanhecia de burburinhos de gente laboriosa, hospitaleira, acolhedora e de coração lindo:
- Seu Labieno, Da Sara, Alicinha, Celia, Ercilha, Voza, Luis Fernando, José Alberto, Ana Flavia etc etc...

A bela Sacramento d´outrora, talvez até fosse uma cidadesinha qualquer, como tantas outras do então. 
Mas, o que importa é que a bela sacramento de outrora escreveu em mim lembranças de coisas e de pessoas que não pretendo esquecer “nem bem de vagarinho”: A bela igreja Matriz de Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento e sua glamorosa pracinha, onde os enamorados se perdiam em olhares e suspiros apaixonados; - a pensão, onde vivi por três anos, espremida entre uma esquina comercial e a casa dos Valadares; -Dona Araci Pavanelli, a nossa inesquecível diretora; -Dona Corina, minha professora de português, a doce Mãe Corina do Lar espirita Eurípedes Barsanulfo; - Dona Dalila, a suave professorinha de desenho e pintura; a competentíssima dona Hilca, que em mim despertou o desejo de ser professor de história etc etc...
Por fim, só sei que sou eternamente grato a Sacramento, por tudo que lá vivi, por tudo que lá aprendei, por todas as amizades que lá construi. 

Montes Claros- MG, 30-05-2015
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sábado, 30 de maio de 2015

Letícia... A médica de coração lindo!


Dra. Letícia de Melo Mota

-Cá entre nós...
E o mundo inteirinho / também/
Quando nada de nadinha
Se nos apresentava de oportuno
Nem tampouco de esperançoso
/Nem a mim nem a ninguém/
Sabe-se bem lá o porquê, 
/ Inesperadamente... /
Uma excelente notícia - por demais
Alvissareira a todos nós -
Rompeu o profundo marasmo
De uma espera sem fim:

-Gente!... Ôh Gente!
A Dra Alegria chegou...disposta
A tratar do povão desse Sertão
Inteirinho... Inteirinho, sô! 

-Por conta desse auspicioso Avizinhamento/ conosco/
Ouve-se.../ então/  Sertão afora
Um brado mais esperançoso ainda:

-Oba!...  Pois que seja muito bem-vinda!
D’ora avante...então/sem dúvida alguma/
A generosa médica /Letícia do coração lindo/
Tudo fará a seu alcance por aqui
Para que haja... / Sertão afora /
Saúde pra dar e vender...a todos!
Pois num é não?!  

-Ora! Rapidamente a boa nova
Espalhou-se... À boca miúda!
E a alegria deslizou sem avareza
Pelo Sertão inteirinho...
Pra felicidade nossa e alegria
De todos nós sertanejos...
Mas não tão-somente a felicidade de nós /humanos/
Pois / escancaradamente/ a olhos vistos
Até os colibris... Coloridos!
Os assanhaços... Azuis!
E as mimosas florzinhas... Silvestres!
Rejubilaram-se  /conosco/ também
Porque a Dra. Leticia veio trabalhar
Por essas terras distantes /de cá.../
Donde / delicadamente/ eu teço
Meus singelos versinhos, enfim.

-Ah! Para todos nós... /desse Sertão amado/
Ela é uma flor-senhorinha...
E porquanto é tão formosa
Tão sorridente
Tão competente
E tão generosa...
É que nós seus pacientes até ousamos chamá-la
De “Dra. Alegria” do coração lindo,
Vez que...sempre /mas sempre mesmo/
- Com muita discrição e bastante ternura -
Ela demonstra amar...profundamente,
Sua encantadora família
- André/ Cecília e Elisa
  E, quiçá, quem mais vier, também -
E seu sagrado ofício de médica
Por ela tão bem exercido.

-Bom... Diante de tanta generosidade
Competência e capacidade em acolher /seus pacientes/
Não há...de jeito algum / mas não há mesmo/
Quem dentre nós a esqueça...
Nem bem devagarinho...ora! 

Montes Claros –MG, 17-10-2015

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segunda-feira, 25 de maio de 2015

Todo dia é dia de estripulia!


Com pleroforia, eu ouso pensar em alto e bom som que: 
Apesar de todos os pesares ( – canalhices de todas as espécies: mentiras, traições, violências contra mulheres, crianças e idosos etc etc; patifarias de toda a sorte – estupros, abuso sexual, chantagem emocional, etc etc; corrupção galopante - quer a nível pessoal - furar fila, não devolver troco a mais etc etc, quer a nível de parcerias político-privadas – propinas, desvio de dinheiro publico etc etc,  quer religiosas - venda de prosperidade ilusória,  hipocrisia, etc etc, quer cultural – preconceitos à beça.) só de se está vivo a cada novo amanhecer que, generosamente, esplende a cada dia, é bom demais da conta sô!  

Assim sendo, pensei eu cá comigo mesmo com um quê de molecagem que me é tão peculiar:
Então, sabedor que sou de que um novo dia não tardara em amanhecer-se, generosamente, em minha varanda... vou pôr-me espertamente atento pra que ao despertar o tão anelado novo dia não me surpreenda ainda dormindo profundamente, nos confortáveis braços de “Morfeu”, vez que pretendo, logo  que ele chegue, celebrar a festa da vida que em mim ainda pulula exuberante, radiante e, intensamente, pródiga. Apesar dos meus mais de 70 anos.

Então, eu auguro a mim mesmo que, logo esplenda esse novo dia, me desvestirei das mazelas adâmica e por-me-ei a terce em mim e no “orbi”, um mundo conforme o sonhos de Deus, onde:
“Os lobos e os cordeirinhos pastarão juntos, os leões comerão palha como os bois, e as serpentes não atacarão mais ninguém.”        Isaías 65:25
Ah, quem dera, ah, quem dera!
Ara!.. Ara!... Então, que esse novo dia seja muito bem vindo!

Daí, então, todo dia ser dia de festa.
Síntese de um dialogo amigo, entre mim e o (Dr. Alcides Mendes Botelho Filho, um medico de coração lindo.) 

Montes Claros, MG 25-05-2015
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quarta-feira, 20 de maio de 2015

Partilhar nossos talentos me parece uma boa.

Vejamos! 
Nesse mundão de meu Deus há pessoas e pessoas. Umas o transformam em oasis de esperança, porque são generosas, no caso Papa Francisco.  Outras o tornam um campo de batalha insuportável porque são o protótipo do egoísmo, porque se perdem em observar só seus próprios umbigos, ou seja, seus próprios interesses. 

Então, fiquemos atentos, porque se o teu contigo vai tudo bem e muito te satisfaz e os outros que se danem, não te condeno. Contudo, desculpe-me, admiro mais aqueles que estão atentos também ao bem estar dos outros.
Embora sejam raros, eles fazem a diferença, porque elevam consigo a humanidade inteira: Mahatma Gandhi- idealizador do Satyagraha  (princípio da não-agressão, forma não-violenta de protesto) como um meio de revolução; Mandela-  pai da  moderna nação sul-africana- , Martin Luther King - Tornou-se um dos mais importantes líderes do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos- ,  Chico Xavier - é uma das personalidades mais admiradas e aclamadas no país e ressaltado principalmente por um forte altruísmo -  Betinho – apesar de hemofílico e muito debilitado pela AIDS, foi um sociólogo e ativista dos direitos humanos brasileiro que se dedicou até a morte ao projeto Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida - ;  Madre Teresa de Calcutá - Considerada, por alguns, a missionária do século XX, tornando-se conhecida ainda em vida pelo cognome de "Santa das sarjetas" - , irmã Dulce -  foi uma das mais importantes, influentes e notórias ativistas humanitárias do século XX. -, Dom Helder Câmara 
-  grande defensor dos direitos humanos durante o regime militar no Brasil - , etc etc...

Ah! Sem pundonores algum, eu particularmente ouso dizer que cá quedo-me de encantamento por todos eles que com muita parresia fizeram do tecimento do bem estar da coletividade a meta precípua de suas vidas. Bom! A diferença entre estes  e aquel´outros se restringe simplesmente a uma única realidade: Esses mencionados foram generosos. 

Montes Claros- MG, 20-05-2015
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domingo, 17 de maio de 2015

Um ancião peregrino montou sua tenda em Vinhedo... Até voltar à casa do “Pai”!


 
                                                    (1924- 2014)

-Cantar em versos, quer em poema ou crônica,
lembranças vivas de uma boa e santa amizade
Como a de D. Joaquim, tesouro divino com o  qual
o “Senhor”...surpreendentemente, um dia, me agraciou
por mais de meio século de minha existência...
para me alumiar o percurso da travessia dessa vida
rumo à casa do “Pai”...é desnudar pelo mundo afora
a imensa gratidão sentida pela vida desse bom
e santo amigo, que não pretendo esquecer jamais,
nem bem devagarinho...

-Ah! Verdadeiramente... a voz dessa mesma gratidão
impele-me a dizer, no momento, que além da luz
que esplendia abundantemente da “Sabedoria”
de seus generosos conselhos, quando pedidos,
outros tantos dons e carisma enfeitavam, também,
a alma gentil desse santo homem de Deus:

- Nesse bom e santo amigo...não havia dolo algum,
nem nada de humanos desvarios, tampouco,
vez que estes desconhecem o reto caminho;
- ele era o bom e santo amigo de muitos amigos;
- ele sempre transbordava de santa alegria...
quer estando triste ou contente;
- ele era singularmente pródigo...
na caridosa arte do acolhimento;
- ele...no silêncio de sua cela,
sempre partilhava com Deus a dor do amigo sofrido,
que, por algum motivo, perdera os melódicos
acordes da vida...

-Habilidossísimo...  o bom D. Joaquim
sempre dava cadência serena
aos aborrecimentos do cotidiano
porquanto...cuidadosamente, os dissipava sempre
com sua santa paciência que desde jovem a burilava,
no dia a dia de sua vida monástica...

-Esse santo intelectual amigo...
em sua amada cela monástica,   
ao longo do tempo de sua fértil vida religiosa...
habilidosamente ia colhendo, em fartas porções,
através da escuta da obediência e da oração persistentes
os sabios ensinamentos da Santa Regra de Bento.
                         
-La no “Mosteiro de São Bento” de São Paulo, 
o justo Joaquim exercera, dentre tantas funções,
o oficio de abade...
(que é ser de todos...o maior servidor,
na comunidade pastoreada...)
e ao se tornar abade emérito, o sábio ancião peregrino
Prosseguiu generosamente a cultivar as amizades
que amealhara durante o longo e fecundo
trajeto de sua vida tão espiritualmente fértil...

-À sombra dessa abençoada amizade...
que carinhosamente chamo de  relva de ternura,
eu e tantos outros filhos espirituais, dele,
encontramos a referência segura
para permanecermos firmes...ainda hoje,
no tão decantado e reto caminho
do “Amor Divino” que...certamente,
nos conduzirá à casa do “Pai” !

-Até breve...meu santo e iluminado... Amigo!

(Mt 5,14-16)
Montes Claros (MG), 17-05-2015
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sexta-feira, 15 de maio de 2015

Alumbramento



Embora os alvoreceres
Incandescentes sejam
Coisas corriqueiras aqui
Pelas bandas dos céus
Desses sertões longínquos,
Mesmo assim sendo
Ainda alumbram-me 
A cada amanhecer.
A mim e a todos aqueles
Que os contemplam
Extasiados.

Montes Claros – MG 06-05-2015
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Pronto! Vou murmurar!


Uma parafernália burocrática infernal permeia
o cotidiano dos idosos. É preciso que
o idoso seja um “ expert” em “mahamudra”
e em “calistemia” para que possa suplantar
os inúmeros obstáculos burocráticos
e terem acesso aos tais benefícios aos
quais faz jus, segundo o ordenamento
jurídico do país. Tais como:
“ Estatuto do Idoso”; Código do
Consumidor etc... etc....
Pois é... não fora perverso o processo
para se obter os documentos que faz jus
o idoso, um portador de tais direitos,
até que seria hilário. Porque para
obtê-los, há que se realizar uma maratona
infindável pelas inúmeras repartições
públicas ( CRAS, INSS etc.. etc...),
a ponto de não se dispor o idoso a
concluir a tão anelada tarefa.
Poucos idosos conseguem obter
os documentos complementares
para poderem usufruir dos tão decantados
benefícios: Como então se dispor a
busca-los se o custo beneficio para
obte-los não corresponde às promessas
publicitárias? Talvez não seja tão absurdo
afirmar que tais benefícios se aproximam
muito de uma publicidade enganosa. 
Isto é uma vergonha!  

Montes Claros (MG), 20-04-2015
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segunda-feira, 11 de maio de 2015

Ficar atento ao óbvio evita canalhices

Clarice Lispector já disse que “o óbvio é a verdade 
mais difícil de ser entendida”,concordo em gênero 
e numero com ela. 
Ora! Mas, o óbvio nos permeia a vida a cada instante do nosso cotidiano. Assim sendo, é preciso estarmos atentos ao óbvio.  
A prova da consistência dessa premissa da ilustre escritora é, a meu ver,  facilmente constatável também no trânsito. Sim, no trânsito também! Vejamos: 
- Ciclistas pelas calçadas prestes a atropelar transeuntes; esportistas fazendo caminhada e correndo nas ciclovias destinadas a ciclistas; pedestres com crianças atravessando ruas com o semáforo vermelho e  correndo o risco de serem atropelados; motociclistas, profissionais ou não, a disputar espaço mirrados em vias urbanas e grandes rodovias, serpenteiam, perigosamente ou imprudentemente,  entre veículos de pequeno, médio e grande porte até se abalroarem mortalmente; ônibus e carretas ultrapassando em alta velocidade por  “carrefours dangereux”   
( cruzamentos perigosos), e assim por diante etc etc etc...

Tudo isto poderia ser evitado caso tivéssemos um pouquinho de ética.

Mas o que seria ética em se tratando de respeito ao coletivo no transito?
Ora ! segundo o prof. Clóvis de Barros Filho, em seu livro, “ TODOS SOMOS CANALHAS”, nos esclarece que: “Ética é a vitoria do coletivo sobre as pretensões individuais.”  
Aprendeu gente?   

Ora!... Ora!... Ora!... Mas, quem não sabe que ciclovia é pra ciclista, calçada pra pedestre, e que sinal de transito é para ser respeitado, né não?!
Tudo isto me parece tão óbvio, tão transparente, tão ético e fácil de se compreender, né não?!
Mas o desvairismo do individualismo vigente como que nós subtrai a noção do bendito óbvio- repeito ao coletivo- e nos faz parceiros da indesejável morte e de tantos outras mazelas facilmente evitáveis.
Pois é!  A meu ver quem não se adapta ao óbvio das leis do transito, que dizem respeito ao nosso sagrado direito de ir e vir com segurança, deveria ir morar na Cornualha... ora bolas!

Montes Claros MG, 11-05-2015
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segunda-feira, 4 de maio de 2015

Quem sou eu?

Eu sou apenas
Um passarinho
Ora sonso
Ora serelepe
Que sempre foge
Espantado
Se importunado
Por curiosos.
E que sempre
Se refugia lá
Pelas bandas
Do detrás
De si mesmo,
Que deve ficar
No esconderijo
De seus versinhos
Singelos.

Enfim, eu sou apenas
Um passarinho
Resabiadíssimo,
Que voa e voa
Até pousar
No aconchego
Macio de sua amada
E fazer a noite bocejar
Arrepiada de inveja.

Montes Claros MG 04-05-2015

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