Quando até as coisas mais
simples...
Pareciam-me desvestidas de
sabor,
(Surpreendentemente toda bálsamo!)
Inesperadamente...
ela se derramou como
perfume
No percurso árido do meu
vazio regaço...
E irreverentemente...
-Pisou-me ( descalça) o
campo aberto de meu peito;
-Abarcou-me depressa a
alma, a vida,
E o angustiante tempo de espera;
-Impregnou-me também de
uma cálida ternura;
E por fim:
-Embalou-me no dorso
luminoso da esperança,
E transportou-me nas asas da
prazerosa alegria.
Se
de amor quedo-me agora enfermo,
(Por favor!...)
Não
carece de maneira alguma inquirir-me
À
cerca de sua nebulosa procedência,
Porque
não sei dizer de onde veio.
Talvez
do nada, talvez dos sonhos...
Ou
talvez, quem sabe
das
manhas do acaso?!...
Só
sei que eu cá de amor
ainda
me quedo enfermo.
São Paulo (SP), 18-10-1984
RELMendes
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