domingo, 22 de março de 2015

Para mim o "Largo do Arouche" é um caleidoscópio

 “Se todos os caminhos levam a Roma, em Sampa, todos os caminhos conduzem ao “Largo do Arouche”.
Bom. Quando eu retornei-me a Sampa, em 84, fixei residência, inicialmente, nesse belíssimo largo. Sempre o considerei deslumbrante. Fiz até de minha janela um caleidoscópio, só para espiar, inebriado, o vai e vem irrequieto das pessoas sempre a se movimentarem por lá, no belo largo... Ora! Evidentemente, que esse vai e vem era porque por lá havia um fluxo, intenso e constante, de toda sorte de pessoas, que, por um motivo ou por outro, lá iam, e, iam satisfeitas, já que por lá, de tudo, em variedades, tinha em abundância: Árvores pra sombreá-las; floricultura bem sortida de toda espécie de flores e plantas para encantá-las; restaurantes, bares, bancos de praça para se assentarem; crianças correndo; jovens casais enamorados; casais de idosos se acariciando; e, além do mais, do anoitecer, até o climatério da noite vadia, todos os dias, as frenéticas “Bonecas” lá se faziam presentes para embonecar o Largo do Arouche e alegrá-lo mais ainda. Embora, voltasse tarde e muito cansado do trabalho, por volta das 23hs, assim mesmo, eu gostava da esculhambação e da zorra que as famosas “Bonecas do Largo”faziam lá embaixo”.

(FRAGMENTO DO MEU LIVRO: "SEGREDOS... PRA QUÊ OS QUERO?" - CAP 2

Montes Claros (MG) 01-12-2014

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terça-feira, 17 de março de 2015

A Centenária Menina “Flor do Sertão”

(Mimo à Da. Yvonne Oliveira Silveira)





-É incontestável que/ outra flor por aqui/não há...
Mais formosa e tão sábia /quanto ela/
Nem aqui/ neste sertão amado/
Nem/ tampouco/ lá acolá...alhures/
Por esse imenso mundaréu afora.
Ah/ mas não há mesmo!...
Porque além de muito /formosa/...
Em sabedoria.../pelas bandas de cá/
Generosamente/ela transborda...à beça!

-Ah! Fora eu um trovador...
- Daqueles pra valer –
Debulhar-me-ia em belas trovas...
Lindos poemas e /encantadoras/ poesias/
Só para decantar...em prosa e versos/
Os seus incontáveis talentos/ literários/..
E tantos outros mais que/ enfim/ a enfeitam/
Ao longo do percurso de sua vida/ainda hoje/
Esplendidamente/ laboriosa!

-Mas/ como sou apenas um poetinha /brejeiro/
- Artesão/quiçá/ tão-somente/ de versinhos singelos -
Despeço-me/então/ aqui/ dizendo de peito aberto assim:
- Ó querida poeta Da Yvonne Oliveira Silveira...
Uno-me/ profundamente/ enternecido/ e jubiloso/
Às vozes deste amado sertão...que a ti ama de paixão/
Pois/elas/ por aqui e alhures/não hesitarão jamais/
Em proclamarem/abertamente/ esta bela louvação...
Tão justa/porquanto tão verdadeira:
- Ó amada escritora admirável...sobremaneira/
Foste/ és/ e sempre serás... pra todos nós
Desse amado Sertão/ montes-clarense/
A eterna primeira dama... Da versátil e rica
Literatura Norte Mineira!”

Montes Claros (MG), 17-03-2015
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sábado, 7 de março de 2015

Uma história verdadeira e enternecedora:

Conta-se que um psiquiatra que cuidou das crianças sobreviventes da 2°Guerra Mundial se apercebeu que elas sempre tinham um sono muito atribulado, apesar de bem alimentadas e muito bem cuidadas durante o dia. Então, pos-se o tal psiquiatra a pesquisar a causa de tal fenômeno. Após varias experiências empíricas, descobriu que a insegurança causada pela fome durante a terrível guerra, era a causa das noites tão atribuladas. Então, sempre à noite, antes que as tais criancinhas adormecessem, ele colocava em suas mãos um pão, não para se alimentarem a noite, mas para que tivessem a certeza de que teriam alimento no dia seguinte.
Elas passaram, destarte, a dormir serenamente.
Que beleza essa junção de competência com solidariedade, né não minha gente?!

Montes Claros (MG), 15-02-2015
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