sexta-feira, 28 de junho de 2013

Ah quem dera!



Por favor,
Dá-me depressa aquele lucivelo iluminante
Pra clarear-me de lilás a alma simples,
Que ainda em mim... vibrante esplende!
Ah! Empresta-me também alguns tons
De tua viola enluarada,
Ou os de um violoncelo qualquer
Pra eu debulhar aos teus ouvidos
A volúpia de meus versos inflamados...
E depois, se quiseres... recita-me!!!
Ah, meu Deus, quem dera!...

Montes Claros (MG), 11-06-2013
RELMendes

   
   

quarta-feira, 19 de junho de 2013

....O poeta, a verve e o poema!

                                           

                                         ...A cada poema,
        O deleite, n`alma do poeta, se derrama...
        Porque seu vagão de ledices deslancha...
        Ao encontro daqueles que ansiosos,
        Delas carecem..... ávidos!
 
                               ...A cada poema,
        O generoso vate se doa à sua buliçosa verve,
        Porque quer ofertar sonhos, fantasias
        E queixumes tantos...
        A todos que, por um motivo ou outro,
        Esqueceram-se de que o ganho se esconde
        Bem no avesso da..... perda!

                          ...Por fim, a cada poema,                            
        O que mais surpreende o poeta
        É que mesmo se encontrando este poema  
        Ainda em rabiscos,
        (lá num pedaço de um papel qualquer)
        Já se irrequieta a verve louca,
        Faminta, apressada e no cio,
        Que precipitada se põe a suplicar
        À serena musa:

        Emprenha-me de palavras tantas...
        Fecunda-me de versos muitos...
        Porque o que mais me ensandece
        É o prazer de espalhar encantamento... ao léu!   


        Montes Claros(MG), 26-05-2013
        RELMendes   
                     

          

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Emmanuel, o menestrel da Esperança...

                                                      ( Uma cronicazinha afetuosa)




Bato-lhes...
Delicadamente...
Às portas de seus corações 
Para falar-lhes de um, certo, menestrel da “Esperança,”
A quem tive a felicidade de conhecer
Lá pelos idos da década de sessenta,
Em um convento dominicano
Situado no alto da “Serra do Ouro”,
Em Belo Horizonte.

Seu sobrenome era Retumba,
E, Emmanuel, era o seu abençoado nome.
Realmente...
Não sei lhes dizer se esse nome lhe foi dado
Por pura coincidência,
Ou por generosa providencia de Deus...
Mas, que verdadeiramente o “Senhor”
Sempre se abeirava de onde quer que ele se encontrasse,
Ah, disto, não duvidem!
Pois, posso certamente testemunhar-lhes
Com toda segurança de que é verdadeiro,
Já que eu mesmo, por inúmeras vezes, fui agraciado
Com a inenarrável benção da presença do “Altíssimo”,
Bastando-me apenas que o tal bondoso amigo se aproximasse de nós
  (seus filhos espirituais)
Para convocar-nos à oração,
Ou, até mesmo, quando, só, nos chamava para almoçar ou jantar.
Isto, porque, conseguia estar mergulhado no “Amor de Deus”,
Permanentemente!
Na ancianidade,
Era chamado de frère Manu,
Por todos os que o conheceram.

Já o conheci determinado
  (desde há muito )
A ser santo, santo, pra valer!...
  (ou seja, a ser um homem verdadeiramente de “Deus!)
E já o era de fato sem disso nunca ter se ensimesmado,    
Pois, desde todo o sempre aprouve a Deus,
Humilde o fazer!
Peregrinou por claustros diversos,
Teceu de humildade o trilhar do seu caminho,
Vestiu-se da delicada veste da santidade até o fim de seus dias,
Graça que obteve de “Deus” por ter se mantido,
Durante a vida inteirinha,
Na mais intensa intimidade com o “Senhor”.
Ele era um homem de atitudes generosas e transparentes;
Era, silencioso e discreto, porque afeito à oração e a escuta
de “DEUS” e dos penitentes;
Tinha olhos vivos e luminosos,
Sempre atentos às necessidades de todos..
Enfim, ele era um servo sempre a disposição de todos,
E tinha um coração imenso.


Mas, um dia, ou, ao entardecer de um dia qualquer,
Tive que me despedir-me dele, porque resolvi partir.
Então, ele sussurrou-me, sereno,
Uma doce palavra de consolo:

“Nem sempre são os melhores que ficam!”

E, logo em seguida, deu-me um bom e inesquecível conselho:

“Não perca nunca a Esperança!”
               (Ro 5,5)

Então, por todos esses motivos,
E por tantos outros aqui não mencionados.
Nem dele, nem tampouco de seu sábio conselho,
Creiam-me:
Jamais consegui me esquecer!...

Montes Claros (MG), 20-02-2012
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quinta-feira, 13 de junho de 2013

Divina Expectativa




Não sei de onde virá,
Mas um novo amor
É o que espero...
Pobre ou rico pouco importa
Mas, que se achegue sorrateiro...
Venha partilhar...e fique! 

Basta... trazer consigo:
Um olhar suplicante,
Uma simples atitude de oferta,
Uma disposição de caminhar juntos...
Ah! E sem hesitar,
Lançar-se ao meu encontro!    

Então...
Logo saberá que sou sua pertença,     
E que ele (o novo amor)...é minha 
Porque o acolherei em meu regaço...
E desprevenido...adormecerei no dele!...

Não precisa dizer nada
Nem tampouco se explicar tanto.
Também não lhe direi nada!
Apenas olharei em seus olhos
Para precipitar o acontecer
Desse esperado momento.

E por fim...
Degustaremos juntinhos
A sensação lúdica de estarmos vivos            
Para recomeçar a amar
Mais uma vez ainda,
Ou simplesmente...
Novamente......ora!

Montes Claros (MG), 21-09-2007
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segunda-feira, 10 de junho de 2013

O amor da moça bonita de Ibiaí

                   Josélia Mendes



-Lá nesse formoso rincão das Gerais...
Onde o “Velho Chico” beija...libidinoso,
As areias quentes desse balneário ribeirinho,
Começou a inefável saga de amor
De um professor forasteiro, – meu irmão Tião Mendes-,
Com uma bela ribeirinha, a encantadora sertaneja Josélia.
-(uma verdadeira Cláudia Cardinale do agreste)-

-Ah! Ao ver se espelharem...
Nas caudalosas águas do grande rio... “Velho Chico”,
Os fascinantes olhos negros da bonita ribeirinha...
Embriagou-se de paixão o seduzido forasteiro,
Como se aguardente houvesse ingerido...
E ao ser trespassado pela dourada flecha do amor
Que, sem dó, o “Cupido” lançou-lhe ao coração...
Para...deliberadamente, ferir-lhe de paixão  
O peito aberto e desprevenido...
O dito forasteiro, então, sucumbira de eterno amor
Pela bonita moça de Ibiaí, que por ele também se apaixonara...
E...por conta de tanto amor, generosamente compartilhado,
A bela moça ribeirinha agraciou o forasteiro professor apaixonado
Com três preciosos tesouros: RENAT, YURI e a graciosa VITÓRIA!

Montes Claros, 26-01-2013

RELMendes

domingo, 2 de junho de 2013

O bandolim e o amor


Ao som dos acordes de um bandolim
Não há amor medroso nem tímido,
Toda a sua ânsia se torna incontida,
                             ...Ninguém o doma!

Ao som dos acordes de um bandolim
O amor, n`alma,  luta,
Estrebucha, se inflama...
E perde a cadencia lenta!

                       ...E por fim,
O amor se deleita afoito
Sob o som de soluços silentes,
Porque a paixão não admite se`s
Quando atiçada pelos belos acordes
De um bandolim!...   

Montes Claros (MG)-24-05-2013
RELMendes