sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Que o Novo Ano seja bem-vindo!...


Se apressado está em partir o Velho Ano,
Que a agonizar, ligeiro,
Consome seus derradeiros momentos
 Até se esvair... no tempo...
Então, acolhamos jubilosos
Os primeiros instantes do Novo Ano
Que generosamente
Ofertam-se sem avareza!
E que o Novo Ano (2014) nos amanheça:
Cheios de vida,
(MUITA SAÚDE, PRA DAR E VENDER!)
Repletos de esperança,
 (MUITAS REALIZAÇÕES A VISTA!)
Empanturrados de alegria e felicidade,
(PARA ACOLHERMOS A TODOS!)
E orvalhados de ternura e amor
(PARA POVILHARMOS O MUNDO INTEIRO!)


FELIZ ANO NOVO!

Montes Claros (MG), 17-12-2013
RELMendes


segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Uma prece à “Virgem Maria do Advento”!


Um dia a silente Virgem “Maria” profetizou
“D`ora avante todas as nações
Me chamarão bem aventurada!”

- Ó Bendita “Virgem Silente da alegria”
  Quão extasiante fora para ti
  Aquele divino momento
  Em que no teu ventre santo
  Por obra e graça do “Ruah Divino”
  Concebeste o teu “Senhor amado”
  E d´ora avante teu humano
  Filho amado “ Yechua”
  Nosso Salvador querido
  E se por quanto estavas
  Plena de amor do “ETERNO AMOR”
  A borbulhar-te por inteiro
  Ah! Nem nada ó “Virgem mãe da alegria”
  Nem tampouco ninguém poderia
  Cercear-te de louvares efusivamente
  Teu amado “Eu Sou”

- Ó  silente “Virgem Maria do Ó”
  Quão generosa e quão humana és tu
  Porque se a generosidade
  Nos aproxima de sermos
  Verdadeiramente humanos
  Ninguém neste mundo
  Foi mais generosa e humana
  Que tu ó “Virgem Mãe dos homens”

- Ó  “Santíssima  Virgem Maria”
  Dentre todas as belas flores
  Do jardim do “Céu”
  És tu a mais rara e perfumada delas
  Porque és a silente “Virgem”
  “Mãe do Verbo Encarnado”
  Que se fez carne por amor
  A nós pobres pecadores
  E a ti “Ele” aquinhoou
  De uma generosidade sem fim
  “Ò Mãe amada da Misericórdia”!

- Ó “Maria” Virgem Silente
  Senhora da escuta
  És do “Eu Sou” a filha predileta
  Porque tudo que a “Ele” agrada
  Tu o conservavas bem guardado
  Em teu puríssimo coração 
  De santa oblata do “PAI ETERNO”!

- Ó “Virgem Silente Puríssima”
  Porque és mais cristalina e transparente
  Que qualquer cachoeira borbulhante
  A despencar imaculada
  Da boca de uma nascente escondida
  Daí ter te feito esposa amada
  O “Divino Espírito Santo”
  Para que tu gerasses
  Em teu ventre sacrossanto
  O Senhor JESUS
  NOSSO SALVADOR SANTO!

  Portanto ó “Santíssima
  Virgem Silente do Ó”
  Rogai por nós agora e sempre
  AMÉM!

Textos bíblicos  consultados:
(Lc 1,46-56-) – 2- (Lc 1,31-32)
(Jo 1,14) – 4- (Lc 2,19)- 5- (Lc 1,35)
    
Montes Claros (MG), 22-12-2013
RELMendes



sábado, 14 de dezembro de 2013

Um jeito barroco de ser e de viver!

                                                         ( poecrônica)



-O barroco é muito mais que um estilo artístico.
O barroco é, sobretudo, um jeito de ser e de viver...
Que...visivelmente, do final do século XVI
A meados do século XVIII...     
Permeou todas as espécies de obras de arte...
Produzidas naquele então, já tão distante...
Mas que, ainda hoje, é tão presente entre os europeus,
E entre nós brasileiros...quer os da orla marítima,
Quer os das plagas das Gerais de Aleijadinho...
Aliás, guisa de esclarecimento, o barroco mineiro
É o verdadeiro barroco brasileiro.
Porquanto, tanto seus artistas...
Quanto o material utilizado em suas obras de arte...
Eram, totalmente, brasileiros (mineiros).



-Então, vamos lá ao que nos interessa!

-Nas curvas e contracurvas
Do movimentado estilo...(barroco)
Ora, há muitos momentos de sombra:
Ansiedade!... Angustia!... Tristeza!...
Dissecação de cadáveres! Peste Negra!...
Portanto, é acentuadíssimo seu gosto pelo mórbido.

- Mas...ora, também, é de todos sabido
Que em todas as obras da arte barroca...
Esses muitos sombrios momentos...via de regra,
Intercalam-se...frequentemente,  a tantos outros...
De luz intensa e de uma claridade indescritíveis,                       
(como se fora eles verdadeiras epifanias do divino)                                        
A movimentar, alegremente, a vida do dia a dia
Ali nessas obras tão explicitamente contidas,
Para amenizá-las e embelezá-las...sobremaneira,
Face tão explicita morbidez constante
Com a qual todos os artistas barrocos as enfeitavam.

-Porquanto, vale à pena se constatar...
Que em qualquer pintura ou escultura barrocas,
-Quer em qualquer uma das inúmeras “Santa Ceia”...
(À nossa disposição por ai...pra serem apreciadas)  
-Quer em quaisquer outros temas retratados...
Por qualquer um dos artistas desse dito estilo...
Pois, certamente lá, em suas obras artísticas, sempre haverá
Um pouco de tudo do que disse alhures, tais como:

-Numa ceia esplêndida sempre haverá...
-Um candelabro aceso, no teto, para iluminá-la a contento;
-Um enxame de anjinhos bochechudos a esvoaçar pelo salão...
Após transpor um “olho de boi de pedra sabão”;
-Uma mão a coçar o orobó repleto de oxiúros...irrequietos,
Ah! Por decerto, isto, sempre há de haver...ora!;
-Um cachorro e um porco a vasculhar o lixo à cata de alimentos...
Ah! Certamente haverá também!;
-Um fiapo de catarro a escorrer do nariz de um garotinho imundo
Que se arrasta pelo chão a berrar... Ah! Sem dúvidas há de haver!;
-Um idoso (a) peidorreiro (a) tentando disfarçar o mau cheiro
Do seu fedorento peido... Ah! Não pode faltar!;
-Umas belas serviçais a se movimentarem graciosas...
Colhendo vinho nas talhas pra servi-lo aos comensais...
Ah! Isso nunca há de faltar jamais!...
-E não faltarão tampouco, também, gestos exagerados
A se derramarem abundantes em todas elas,
Rebuscando-lhes de um esplendor exuberante...


-Ah! Esse dia a dia pictográfico do barroco
Sempre se veste dessa...hilária e encantadora,
Multiplicidade de detalhes que sempre nos permitem...
Não só observar a obra, mas, entrar nela...
E participarmos dela como protagonistas,
Porque, ao esconder, habilidosamente, seu ponto de fuga...
Qualquer pessoa, qualquer objeto, ou qualquer coisinha
(aparentemente insignificante)
Destacar-se-á, nela, sobremaneira, significativamente,
No mesmo espaço e ao mesmo tempo...
Tornando assim a obra barroca...esplendorosa,
Bela, e extremamente exuberante.

-Ah! O tal jeito barroco de ser e de viver
É um não explícito...ao “mais do mesmo”,
(No caso o estilo renascentista)
É um intenso e denso movimento envolvente,
É uma interação total...entre o humano e o divino,
E não, simplesmente, uma grotesca expressão do feio...
Como disseram alguns “experts” em arte, mundo a fora.

Montes Claros (MG), 12-12-2013

RELMendes 

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Um lindo sorriso negro!

  (o da minha vó materna, Elvira Gomes!)



Regado de abundante ternura
Busco encontrar palavras,
versos, rimas
Que possam descrever
Seu lindo sorriso negro
A reluzir ao clarão do luar...

Um lindo sorriso negro,
Porque...
Verdadeiramente
Negro!
Um sorriso negro
Espantosamente belo,
Porque,
Essencialmente  
Negro!
Que o digam as águas cristalinas do Timbó!
Que o propalem o vento, o mar, as cascatas
E o látex que se derrama generoso
Dos sulcos das seringueiras nativas do Pará!

Um belo sorriso negro
A reluzir ao clarão do luar,
Que na terra não o pude desfrutar
Porque... quando nasci,
Ele (o sorriso negro) já havia partido
Lá prás bandas encantadas do sem-fim
Donde nos vem o luar...

Ah! Sorriso negro tão lindo,
Pena que só te contemplei
Em uma bela foto antiga
Que... na capoeira da vida,
Estranhamente  
Desapareceu!...
(será por que hein?)

Oh! Sorriso negro tão belo
A reluzir ao clarão do luar,
Dos teus melodiosos fulgores
Muito ouvi falar!
(Claro! Só em meio a preconceituosos
  bochichos de familiares
  e em profundo clima de segredo,
  porque a maioria desses aparentados
  já haviam desbotado a pele negra!)

Às vezes questiono-me cá com meus botões:

Formosa senhora do belo sorriso negro
De uma Oxum das águas doces,
Se com tua negritude
Inebriaste-me sobremaneira,
Será que prá  teres sido...desta vida,
Arrebatada tão cedo (33 anos)
Lá prás bandas do sem-fim
Donde nos alumia o luar,
Não terás também fascinado
Os olhos incandescentes de Oxalá,
Ò bela descendente de Zumbi?!  
(O grande rei dos Palmares!)

Oh, gracioso sorriso negro...
A alumiar-se ao clarão do luar,
Contigo, quero sempre sonhar!....

Montes Claros (MG), 20-11-2013
RELMendes

domingo, 1 de dezembro de 2013

Segredo revelado


Como ave de rapina,
Do alto de meu inconsistente pedestal
Avistei-te...... (linda e displicente!)
Fiz-te a corte...... (à moda antiga!)
Lancei-te olhares..... ( enamorados e suplicantes!)
Porque...... fremiam-me n’alma desejos ardentes!

Oh! Muitas vezes retornei ali
( onde te encontravas)
Tentando assediar-te,
Ò bela ninfa despudorada!

Então desatinada de paixão,  
Subiste.......( apressada e desconfiada!)
 As escadarias da curiosidade,
E cumprimentando-me
Entraste em minha carruagem da astúcia
Acintosamente sedutora!
(e aí zarpamos para o mundo encantado das saliências!)

Falante...
Expuseste sonhos,
Descreveste anseios,
 Trocamos idéias.........(por instantes!)
Até que nos tocamos ávidos de desejos,
E então nos perdemos em voluptuosas carícias
Durante a noite inteira!

Já amanhecia...
Quando nos despedimos inebriados
 Com o encantamento
De tão mágico e delicioso momento!...


Montes Claros (MG), 17-09-2000
RELMendes



quarta-feira, 27 de novembro de 2013

O valsar do meu amor secreto

(à doce bailarina dos meus sonhos...)


Se balouçarmos...
Bem devagarzinho
O velho embornal das lembranças...
Encontraremos mimos
De inenarrável ternura,
Como essas alegrias tantas:

Caminhadas noturnas
  (sob intensa garoa fria)
Sorrisos enamorados...
Suspiros de encantamento
Que ainda reluzem-me n´alma,
  (cativa de tua sedução esfuziante...ora!)
Lindas... promessas de amor,
Ah! Quantas não trocamos?!
Então, por essas e por tantas outras alegrias vividas,
Quem sabe não possamos voltar a bailar...
  (ainda que por instantes)
Naquele nosso secreto salão estrelado
De esperançosos sonhos...hein?!

Ah! Mas por favor,
Não te esqueças...(por motivo algum)
De vestir... calçar...colocar
  (Ah sei lá o quê!)
A tua sapatilhazinha bordada de ternura,
E de enfeitar-te...
Com todos aquel’outros apetrechos de vidrilhos reluzentes:
Tiaras... espartilhos... saias e saias sobrepostas...

Ah! Não te esqueças também de usar todos aquel’outros badulaques esvoaçantes
(perguntem o nome deles à Ana Botafogo, porque os desconheço!)
Para que possamos...
(num pas-de -deux  encantado)
Alçar um voo altivo, sereno...
A fim de irmos muito além  (al di lá)
Do fluxo e refluxo limitados
Da nossa imaginação efêmera... ora!   

Montes Claros(MG), 11-10-2013
RELMendes