quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Sampa cochila n´alma do poeta!...



Se és caminhante caminheiro...
Não há porque não amar Sampa
Caminho... caminhante...  caminheiro...
Acalentador de sonhos, fantasias,
E utopias tantas...
Que rolam... rolam aos montes, à deriva,
(Por escadas rolantes, viadutos e pontes tantas),
Até se derramarem...
Por vales de estranhos nomes:
-A - n – h- a - n - g – a - b - a - u - u -  u -  u – u-!...

Se és calaceador...
Se tens olhos aguçados de poeta,
Se és capaz de vislumbrar o belo
Ainda em seu escondimento,
Quem sabe se por lá...
( talvez numa brecha qualquer de concreto)
Não te depares
Com uma flor a desabrochar...
Como que por encanto?!... 

Se sem alvoroço n’alma,
Das vísceras, arrebatas versos...
Não há porque não te renderes
Aos secretos encantos de Sampa
Que só se desnudam aos curiosos olhos
De um solitário poeta,
Caminheiro...
      
São Paulo (SP), 18-10-1984

RELMendes

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