Se és caminhante
caminheiro...
Não há porque não amar
Sampa
Caminho... caminhante...  caminheiro...
Acalentador de sonhos, fantasias, 
E utopias tantas...
Que rolam... rolam aos
montes, à deriva,
(Por escadas rolantes,
viadutos e pontes tantas),
Até se derramarem... 
Por vales de estranhos
nomes:
-A - n – h- a - n - g – a
- b - a - u - u -  u -  u – u-!...
Se és calaceador... 
Se tens olhos aguçados de
poeta,
Se és capaz de vislumbrar
o belo
Ainda em seu escondimento,
Quem sabe se por lá... 
( talvez numa brecha qualquer
de concreto)
Não te depares 
Com uma flor a desabrochar...
Como que por
encanto?!... 
Se sem alvoroço n’alma,
Das vísceras, arrebatas
versos...
Não há porque não te
renderes
Aos secretos encantos de
Sampa
Que só se desnudam aos
curiosos olhos 
De um solitário poeta, 
Caminheiro...
São Paulo (SP), 18-10-1984
RELMendes

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