Eita trem
oportuno sô!
Então a pés em
chão
Sem pestanejar
se quer
Sim´bora
lá saber
Do que se
trata
Esses
anteparos enfim
Vez que são
tão oportunos
Ao cotidiano
de nossa vidinha
Nem sempre
verdinha
Verdinha...
ara!
Se mingau
quente
Sempre se come
Pelas
beiradinhas...
Pra não se
queimar a língua
Ui!... Então é
preciso ter
Muita
precaução
Antes de
degustá-lo... ara!
Se o tal
príncipe
Encantado
Pode ser
apenas
Um sapo sem
eira
Nem beira...
Ou um terrível
vilão...
Ui!... Então é
preciso ter
Muito cuidado
Antes de
aconchegá-lo
Ao peito
apaixonado... ara!
Se no reverso
da historia
A tal bela
princesinha
Pode não
passar
De uma
arengueira Malévola...
Ui!... Então é
preciso ter
Muita cautela
Antes de
agasalhá-la
Ao coração
seduzido... ara!
Se água de
coco
Industrializada
Pode ser
apenas
Salmoura...
Ui!... Então é
preciso ter
Muita circunspecção
Antes de
bebê-la... ara!
Se nem tudo
que reluz
É ouro...
Ui!... Então é
preciso ter
Muita atenção
Antes de
adquiri-lo... ara!
Se quem dá
festa
Todo dia
Morre
mendigo...
Ui!.. Então é
preciso ter
Muita
ponderação
Antes de
fazê-las ... ara!
Se até os
deploráveis pichilecos
Ocorrem onde
jamais
Deveriam
acontecer...
Ui!... Então é
preciso ter
Muita cautela
Na hora da
eleição... ara!
Putzgrila!...
Se assim é então
D´ora avante
sem perder
A ternura
jamais...
Revistir-me-ei
sempre
De muita
cautela
Muita
ponderação
Muita atenção
Muita circunspecção
Muito cuidado
Muita
precaução
Etc etc... ara!
Ah! E d´ora em
diante também
Sempre antes
de tudo
Que precipitadamente
Agora eu
pretenda fazer...
Tenham por
certo
Que
indubitavelmente
Lançarei mão
de todos
Esses muitos
anteparos
E de tantos
outros que ainda
Por acaso
houver
Porquanto
pretendo
Deliberadamente
Evitar
quaisquer desagradáveis
Aborrecimentos
futuros...
Né não sô?
Montes Claros-
MG, 18-08-2015
Romildo
Ernesto de Leitão Mendes
(RELMendes)