(Visitemo-nos a nós mesmos!)
-Quem não mora em si mesmo
Desatina-se a caminhar sem
rumo
Prestes a soçobrar ante os
vagalhões
Que todo dia sem faltar o
surpreende
No de repente da sua vida
sem cais
Aonde atracar-se com
segurança...
-Então, não fiques aí hirto, buscai, silente,
Apenas consigo mesmo, tão
somente,
Tua morada ( interior) e
refestele-se por lá...
Em seus desvãos, aonde,
quiçá, se aquietarão
Tuas incontáveis
indagações acerca da vida,
Até te transbordares de
amor por ti, e não,
Tampouco, pelo outro, que
carente de um tudo,
Percorre ao longo do teu
caminho, sem o vires,
Ou esgueirando-te dele,
propositalmente!
-Quem não mora em si mesmo
Vislumbrará, quer queira
ou não,
A dolorida solidão
hospedar-se
Lá onde jamais pensara
haver
Uma morada (interior) para
onde
Pudesses zarpar, com vento
brando,
Para estares em tua própria
companhia,
E possas pastorear tuas
mazelas tantas,
E,sobretudo burilares o
amor, que quer
Fluir de ti, para
ablucionar esse mundo de
Compaixão!!
RELMendes – 25/04/2021
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