domingo, 9 de maio de 2021

Tempos em breu entontece-nos

(Visitemo-nos a nós mesmos!)


-Quem não mora em si mesmo

Desatina-se a caminhar sem rumo

Prestes a soçobrar ante os vagalhões

Que todo dia sem faltar o surpreende

No de repente da sua vida sem cais

Aonde atracar-se com segurança...


-Então, não fiques aí hirto, buscai, silente,

Apenas consigo mesmo, tão somente,

Tua morada ( interior) e refestele-se por lá...

Em seus desvãos, aonde, quiçá, se aquietarão

Tuas incontáveis indagações acerca da vida,

Até te transbordares de amor por ti, e não,

Tampouco, pelo outro, que carente de um tudo,

Percorre ao longo do teu caminho, sem o vires,

Ou esgueirando-te dele, propositalmente!


-Quem não mora em si mesmo

Vislumbrará, quer queira ou não,

A dolorida solidão hospedar-se

Lá onde jamais pensara haver

Uma morada (interior) para onde

Pudesses zarpar, com vento brando,

Para estares em tua própria companhia,

E possas pastorear tuas mazelas tantas,

E,sobretudo burilares o amor, que quer

Fluir de ti, para ablucionar esse mundo de

Compaixão!!

 

RELMendes – 25/04/2021

 

 



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