domingo, 29 de julho de 2012

Um ancião peregrino em Vinhedo...


Cantar em versos
Lembranças de  uma santa amizade
É desnudar a gratidão sentida
Pela vida do bom amigo
-Tesouro divino-
Com o qual Deus
Surpreendentemente,
Um dia me agraciou
Na longa travessia da estrada da vida
Por mim ainda hoje percorrida...

Não se pode esconder a luz
Que discreta esplende do gentil amigo,
Pois grato dela sempre desfruto
Pra alumiar-me o caminho da conversão
Que persistentemente persigo
No transcorrer do meu cotidiano
Prudentemente vivido...

No meu amigo não há dolo algum!
Nele... nada há de humanos desvarios
Já que estes desconhecem o reto caminho.
É o bom amigo de muitos,
Sempre transborda de santa alegria...
E é pródigo na caridosa arte do acolhimento.
No silêncio...sempre partilha com Deus
A dor do amigo sofrido
Que... por algum motivo,
Perdeu os melódicos acordes
Da vida...

Habilidoso,
Dá uma cadência serena aos aborrecimentos,
Dissipando-os com a santa paciência
Que desde jovem burila....
Discretamente, em sua cela.
Com límpido discernimento, desde há tempos                                      
Através da escuta, da obediência e da oração persistentes
O santo intelectual amigo assimila os sagrados ensinamentos                                                                                                    
Extraídos da Santa Regra de Bento.
                         
No mosteiro... 
O justo Joaquim exerceu o oficio de abade,
Que é ser de todos o maior servidor na comunidade.
Agora, emérito, o  sábio ancião peregrino
Prossegue generoso a cultivar as amizades
Que amealhou durante o longo e fecundo trajeto da vida.

À sombra dessa abençoada amizade
Que carinhosamente chamo de  relva de ternura,
Ainda hoje, eu...como também tantos outros,
Nela encontramos a referência segura pra permanecermos
No tão decantado e reto caminho do Amor Divino...

(Mt 5,14-16)
Montes Claros (MG), 26-02-2012
RELMendes

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