(qualquer
coisa as alucina!)
Perturbadas...
As florzinhas
do meu jardim:
(miosótis... violetas... rosas...
margaridas... jasmins...)
Balbuciam!...
Fuxicam!... Discutem!...
Suspiram...
ais profundos!
E sussurram...se`s intermináveis!...
O que lhes
terá surrupiado a paz?
Por que se
lamuriam tanto... entre si?
Ah! Devem
estar irrequietas...
Porque não as
aguei ontem... ora!
(Penso eu!)
Ou então...
Porque o calor
insuportável do sertão
As incomoda
muito... ora!
(Imagino
eu...cá com meus botões!)
Mas...
Ainda que
enroscado em afazeres tantos,
Vou até lá...
observá-las de soslaio,
E curiá-las
atento...
Pra tentar
escutar o que tanto balbuciam...
Ah se vou!...
Mas... que
bagunça é essa... meu Deus?!...
Queixam-se de
tudo:
De colibris
sedentos...
De abelhinhas
irrequietas a zunir...
De assanhaços
saltitantes...
E até dos
bem-te-vis
E dos sabiás
cantadores!...
Então,
pasmem!...
Ao perceberem-me...
(Porque
frenéticos gorjeavam os pássaros...)
As flores
disseram-me:
Só desejamos
degustar uns pedacinhos
Daqueles
“bolinhos de chuva”
Que acabas de
fritar...
Porque o aroma
deles está a nos ensandecer!...
Ora direis:
DU...VI...DÊ...Ó...DÓ!
Mas que
sandice é essa?...
Flores não
falam!
E eu vos
direi, no entanto,
Que as flores
conversam...
Ah se
conversam!...
(Sobretudo as
do meu jardim!)
Montes Claros
(MG), 08-11-2013
RELMendes
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