terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Se todos fossem iguais aos poetas



                         (Que maravilha seria!)


Hoje uns desejinhos à toa
Amanheceram-me!...
O bulício deles
Despertou-me uma vontade louca
De simplesmente...
Rasgar o verbo acerca de poetas...
E para tanto, sucedeu-me o anelo
De embalar-me nos braços da verve,
Porque ela sempre os inspira...
E, com certa frequência, os inquieta!...
Ah, vou instigá-la!... Ah, se vou!...

Ô verve estrambelhada,
Por favor...
Fala-me de teus amados poetas!
Quem são eles...
E por que tanto te encantam?

Então, disse-me ela:
Ah! Os poetas são criaturinhas encantadoras...
Ora voluptuosos, benditos ou malditos, inflamados de desejos
     (Portanto, apaixonados e apaixonantes!)
Ora ternos, singelos, engraçados, irônicos...
     (Portanto, quase crianças!)
Ora até melancólicos, egocêntricos, saudosistas
     (Enfim, um doce porre!)
Mas todos os poetas, sim, todos eles
Deleitam-se a brincar com palavras
     (Que não perderam a hora da inspiração!)
E com elas...( as palavrinhas)
Tecem, pintam e bordam... versos e versinhos lindos
Que a todos nós enternecem, a todos!...  
      (Até a mim... sua verve!)
Ah! Os vates são habilidosos fiandeirinhos
De belos versos e lindos versinhos... ora!
(Por isso giro em suas mentes, inspirando-os!)


Montes Claros (MG). 25-02-2014
RELMendes



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