Vem-me à lembrança
O "Velho Casarão" da Fafil
E suas altas soleiras
Por onde... cotidianamente,
Eu palmilhava em busca
De satisfazer minha apetência
De dar sentido
"Ao caminhar de mãos dadas”
De Drummond.
Ao contemplar
Esse “Velho Casarão” da Fafil
E suas altas soleiras...
Pululam-me n’ alma
Recordações das mais venturosas,
Que nem a batuta do tempo
Conseguiu extorqui-las de mim!...
Ah, quantos sentimentos de gratidão!
Nesse 'Velho Sobradão da Fafil”...
A mestra, Yvonne Oliveira Silveira
Espargia, generosamente, fragmentos preciosos
De literatura brasileira e portuguesa
Que, a época, tanto umedeceu o solo intelectual
Deste agreste "sertão robusto":
-Partilhara, sem economias,
Poetas e poesias
(para que, mais rapidamente, pudéssemos sorver
as emoções poéticas ali descritas
com tanta perspicácia e inenarrável ternura);
-Lapidou, também, com esmero
e habilidade incontestáveis,
O nosso até então insuficiente
E grosseiro gosto literário...
E hoje,
Ao degustar poetas e poesias...
Percebo que ela, Yvonne Oliveira Silveira
também se perpetou
Profundamente,
Na imortalidade desses imortais
Aos quais nos ensinou a amar
Com imenso desvelo...
Por esses...
E por tant’ outros motivos,
Grato, compreendi que sair´... da tenda
Do nosso escondimento , é preciso...
Não só pra observar e "ouvir estrelas",
Mas, também, para repaginar gratas lembranças
Do Velho Casarão da Fafil,
De suas altas soleiras...
E de Yvonne Oliveira Silveira
Vez que por lá tanto conhecimento, sorvi...
Tantos poetas, conheci...
E tantas poesias, aprendi!...
Montes Claros (MG), 19-06-2010
RelMendes
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