quinta-feira, 18 de junho de 2015

Cá entre nós

( apenas uma potoca poética)

-Olha só!...
Gente, tudo parecia transcorrer
Na maior normalidade:

-A madrugada ainda escorria...
Lenta e sorrateira,
Pelas ruas e vielas
Da cidadezinha adormecida...

-A aurora, também, ainda, adormecida
Ressonava, profundamente...
Sem problema algum.
Vez que nem imaginava
O que poderia acontecer...

-As estrelinhas, também,
Despreocupadamente, ainda
Pirilampavam na saia godê  
Da noite vaidosa... 
Ui!... Que nem pirilampos...
 Enamorados, ao clarão do luar?!
Sim, tal qual!

-Quando, de repente,
( tchan... tchan...tchan...)
A tilintar seus barulhentos sininhos
E chocalhinhos indianos...
Inesperadamente,
A espalhafatosa verve surgiu...
Despertou-me, sem se desculpar,
Abduziu-me, logo em seguida...
E lá fui eu dependurado...
Num  lindo balãozinho multicolorido,
Lá pros lados dos céus
Dos sonhos encantados
Das fantasias pueris maravilhosas,
E dos meus versinhos quase safados...

-Então, porquanto tamanho encantamento,
Descuidei –me  e despenquei-me
Céu abaixo, caindo sobre o casco
De uma velha tartaruginha que caminhava...
Lentamente, mastigando sementes
De girassóis dourados.

-Ufa!... Mas dessa vez
Eu pinoquei demais da conta, sô! 

Montes Claros- MG 18-06-2015
RELMendes



Um comentário:

  1. Amei, meu querido! Vc tem uma maneira peculiar e deliciosa de contar histórias e fantasias em seus versos. Obrigada! Bjs da Lu

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