(em uma cidadezinha
qualquer)
Em uma cidadezinha qualquer...
As noites são sempre o mais do mesmo:
-Vez por outra o pio de um mocho
Solitário ecoa quebrando o
silêncio
Melancólico da noite...
-Vez por outra, também, o farfalhar das asas
Dos morceguinhos...horripilantes,
Sempre desperta os habitantes dorminhocos,
-Vez em sempre ainda...o ladrar...barulento,
Dos cachorrinhos vadios ecoa alto...
E se faz ouvir por toda parte...
É a presença deles pelas ruas
vazias.
Entretanto, sempre...mas sempre mesmo,
Uma lampadazinha fraquinha aqui,
E outra lá acolá bem longe,
Sempre disputam entre si
E com o clarão do luar
E o brilho das estrelinhas...
Quem quebrará o breu da noite escura.
-Ah! Mas depois das 22h... O bicho pega!
Acendem-se as célebres luzes vermelhas
Nos frontais das ditas casas de “mãe joana”
Ou, tão-somente, dos conhecidos puteiros...
E aí, então, todas as portas desses prostíbulos
Estarão sempre escancaradas...até o raiar do dia,
A espera de possíveis clientes assíduos
Que...por um motivo ou outro,
Indubitavelmente...virão!
-Sempre haverá também à noite
Um boteco aberto...de um Seu Zé qualquer,
Lá pelas bandas da bela pracinha da Matriz,
Mantendo -se a todo vapor
Quer para atender aos bebuns costumeiros...
Um gole aqui... Outro logo em seguida,
E assim vai a noite inteirinha...
Quer para disponibilizar a mesa de sinuca
Aos viciados em bilhar...
Uma tacada aqui... Outra logo em seguida,
E assim, bestamente, a noite vai se gastando, enfim...
-Ora! Tantas outras coisas acontecem
Ainda à noite...em uma cidadezinha qualquer,
Que por aqui nestes versinhos singelos...
Nem ouso mencionar!
Montes Claros- MG, 03-07-2015
RELMendes
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