-No
inverno /definitivamente /esse vate aqui/ não verseja/nada/
Vez
que su’alma enviúva-se/ completamente/ no inverno/
Ao
espiar o céu que dorme/ em cinza/ ainda que/ argentado/ de luar/
E
pirilampejado de estrelinhas /salientes/ a lampejar nas noites/frias/
Tentando
despertar-me / de.tão absurda/ hibernação / poética.
-Mas
esse vate aqui/ no inverno/ não desimberna/ mesmo/
Nem
pra tomar um cafezim/ quentim/ ou mesmo/um bom chimarrão...
Pois/
no inverno/ nem sequer/ a Anjo/ eu me disponho/ a dar/ ouvidos!
RELMendes
26/06/2017
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