sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Menino quase passarinho!

Rasgaram-se
Em sorrisos matreiros
Meus lábios assoviadores...
Porque me passou por aqui
A ideia de ser eu um sabiá  
Laranjeira a solfejar
Cantigas de amor passarinho
Pra seduzir de encantamento
Minha linda visinha...
Ora, ninhos e mais ninhos...pô!

Montes Claros (MG), 22-09-2014
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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Cofrinho de utopias!




-Aonde tu embiocas teus versos...
Ó poetinha cheio de mutretas?

-E lá sei eu aonde...em mim,
Escondem-se tantos:
- Versinhos...brincalhões,
- Poeminhos...hilários,
E toda sorte de sonetinhos esdrúxulos
- Que nem este que agora escrevo -
Que...ansiosos, despudoradamente  
Pululam-me n’alma de moleque traquina?!

-Ara!... Só sei que eles
Querem porque querem
Transmutarem-se...imediatamente,      
Em engraçadas poesiazinhas...
Ora com rimas, ora sem nenhuma   
Mas que nos revelam...sem titubear,
O secreto amor das joaninhas...exibidas,
Das lagartixinhas...famintas,
Das lagartinhas...esfomeadas,
E de toda sorte de passarinhos...buliçosos,
Que sempre enfeitam o jardinzinho
De minhas tantas utopias...

-Ora, gente! Quiçá eu tenha...em mim, um cofrinho
De impossíveis utopias, né não?!

Montes Claros (MG), 11-09-2014
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segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Meus borboletismos!



Não há
Como ser pudico
Se me perco
Em encantamentos...
por horas a fio,
A observar
As saliências
Das borboletinhas
A se acasalarem
Entre “amores-perfeitos”
sol a pino!

Montes Claros (MG), 13-09-2014
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quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Semeei versinhos... no pé do cangote dela!



Do que me restou
de meus versinhos,
poeminhos, sonetinhos...
- que pululavam-me à mente de vate adoidado -
Semeei...quase tudo,
aos  pés dos ouvidos apurados
e no cangote cheiroso do meu bem-querer
– minha primeira namoradinha -
lá pelas beiras das estradas e trilhas
por donde caminhei outrora...
-Tristes ou alegres
pouco se me dá enfim –

Simplesmente...
Semeei sim o quase tudo
que me restou de meus versinhos
aos pés de seus ouvidos
e em seu cheiroso cangote...
Para que se enfeitassem
de pétalas de margaridinhas silvestres,
se perfumassem de alecrim do campo...
e bailassem ao compasso
dos sons melancólicos
dos arrulhos das  belas juritis
do quintal de minha distante infância...
- porque assim parecia-me cheirar e bailar
  seus longos cabelos esvoaçantes -

Ah, só de lembrar...
marejaram-me de lágrimas
Os meus olhos saudosos!

Pois é...
É no que dá!
Quem mandou cascavilhar coisinhas
já semeadas lá pelas bandas
do trás-antonte longínquo da vida?!

Montes Claros (MG), 25/08/2014
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