Do que me
restou
de meus
versinhos,
poeminhos,
sonetinhos...
- que
pululavam-me à mente de vate adoidado -
Semeei...quase
tudo,
aos pés dos ouvidos apurados
e no cangote
cheiroso do meu bem-querer
– minha primeira
namoradinha -
lá pelas
beiras das estradas e trilhas
por donde
caminhei outrora...
-Tristes ou
alegres
pouco se me dá
enfim –
Simplesmente...
Semeei sim o
quase tudo
que me restou
de meus versinhos
aos pés de
seus ouvidos
e em seu
cheiroso cangote...
Para que se
enfeitassem
de pétalas de
margaridinhas silvestres,
se perfumassem
de alecrim do campo...
e bailassem ao
compasso
dos sons
melancólicos
dos arrulhos
das belas juritis
do quintal de
minha distante infância...
- porque assim
parecia-me cheirar e bailar
seus longos cabelos esvoaçantes -
Ah, só de
lembrar...
marejaram-me
de lágrimas
Os meus olhos
saudosos!
Pois é...
É no que dá!
Quem mandou
cascavilhar coisinhas
já semeadas lá
pelas bandas
do
trás-antonte longínquo da vida?!
Montes Claros
(MG), 25/08/2014
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