quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Semeei versinhos... no pé do cangote dela!



Do que me restou
de meus versinhos,
poeminhos, sonetinhos...
- que pululavam-me à mente de vate adoidado -
Semeei...quase tudo,
aos  pés dos ouvidos apurados
e no cangote cheiroso do meu bem-querer
– minha primeira namoradinha -
lá pelas beiras das estradas e trilhas
por donde caminhei outrora...
-Tristes ou alegres
pouco se me dá enfim –

Simplesmente...
Semeei sim o quase tudo
que me restou de meus versinhos
aos pés de seus ouvidos
e em seu cheiroso cangote...
Para que se enfeitassem
de pétalas de margaridinhas silvestres,
se perfumassem de alecrim do campo...
e bailassem ao compasso
dos sons melancólicos
dos arrulhos das  belas juritis
do quintal de minha distante infância...
- porque assim parecia-me cheirar e bailar
  seus longos cabelos esvoaçantes -

Ah, só de lembrar...
marejaram-me de lágrimas
Os meus olhos saudosos!

Pois é...
É no que dá!
Quem mandou cascavilhar coisinhas
já semeadas lá pelas bandas
do trás-antonte longínquo da vida?!

Montes Claros (MG), 25/08/2014
RELMendes

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