(da belezura de meus versos...)
Talvez apenas o céu e as noites de minha infância
(Que me pareciam bordados de estrelas)
Sejam o viés palatável de meus singelos versos:
- Noites polvilhadas de estrelas reluzentes...
- Pirilampos cintilantes a piscar insistentemente,
- Senhoras idosas a gargalhar se balançando
Em claras cadeiras de vime
E a chacoalharem displicentes suas saias godês
Pra tentar se refrescar com o curioso vento...
Mas o intenso calor só se amainava
Com o suave soprar da refrescante brisa
Deslocada lá da enseada
Chamada de baixa da égua,
Mísero prostíbulo disseminado
Ao entorno do farol do Mucuripe...
Que, rapidamente, no boca a boca,
Tornou-se de todos conhecido.
Embora àquela época
Fosse apenas um ancião-menino,
Já ansioso desejava do farol singrar
Pra outras plagas ou quintais distantes
Onde pudesse matar
A arretada saudade das coisas
Que, por eu ainda ser criança,
Não tinham até então acontecido.
Montes Claros (MG), 10-03-2012
RELMendes
(Que me pareciam bordados de estrelas)
Sejam o viés palatável de meus singelos versos:
- Noites polvilhadas de estrelas reluzentes...
- Pirilampos cintilantes a piscar insistentemente,
- Senhoras idosas a gargalhar se balançando
Em claras cadeiras de vime
E a chacoalharem displicentes suas saias godês
Pra tentar se refrescar com o curioso vento...
Mas o intenso calor só se amainava
Com o suave soprar da refrescante brisa
Deslocada lá da enseada
Chamada de baixa da égua,
Mísero prostíbulo disseminado
Ao entorno do farol do Mucuripe...
Que, rapidamente, no boca a boca,
Tornou-se de todos conhecido.
Embora àquela época
Fosse apenas um ancião-menino,
Já ansioso desejava do farol singrar
Pra outras plagas ou quintais distantes
Onde pudesse matar
A arretada saudade das coisas
Que, por eu ainda ser criança,
Não tinham até então acontecido.
Montes Claros (MG), 10-03-2012
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