A ouvir o
tilintar das gotas de chuva
(no telhado... claro!)
Deu-me uma
vontade louca de calacear
Sorrateiramente
no imo de mim.
E pasmem,
Por lá
encontrei um desejo desembestado de voar.
Voar... mas
não como um inhambu,
Porque é
espalhafatoso, e até assusta-nos
(no seu ato de arribar!)
Mas voar...voar
acima dos montes
E das almas
miúdas
(que nos abocanham e invadem o imo de
nós!)
Num vôo
sobranceiro... donairoso... e belo
Como o das
garças brancas do sertão
A busca de
seus ninhos... nas veredas!
Ah! Voar...
voar...voar...
Até empanturrar
o imo de mim de ledices...
Simples
assim... ora!
Montes Claros
(MG), 26-01-2014
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