(Um bufarinheiro de felicidade)
Assunta só:
Em tempo de
safra do maná dourado
(Pequi...ora!)
Todo cerrado
se alvoroça!
Todo o sertão
se avexa de alegria
Porque mal o
sol esbugalha seus olhos ardentes
(Até se pôr a pino)
É um corre corre
danado!
É uma
trabalheira sem fim!
(mas compensa, uai!)
Num rápido
gesto de despertamento,
O sertanejo
daqui das “Gerais”logo se põe de pé
(num salto de guariba!)
E começa a
palmilhar curioso
O campo e a
manga inteirinhos
Até encontrar
o generoso “Pequizeiro”,
Uma das árvores
sagrada desse amado sertão!
Então, sob sua
sombra alvissareira
(do alvorecer ao crepúsculo)
É só catar
pequi!...
Cata aqui!...
Cata ali! Cata até lá acolá!...
Porque pequi
bom,
É o que
despenca das galhas
E se esparrama
no chão...
(Os frutos pendurados ainda não prestam não!)
E o dia
inteirinho é uma correria só:
Agacha!...
Cata!... Levanta!... Ensaca!
E corre à
beira da estrada, e grita:
Olha o pequi
aqui sô!
Olha o pequi
sô, amarelim!
Vai pequi
graúdo aí, moço?
(Ora vende bastante, ora ninguém compra nem
acena a mão!)
E a labuta se
acirra todos os dias até o anoitecer
Durante toda a
temporada da bendita safra
Do nosso
gostoso pequi,
O saboroso
maná dourado do sertão!...
Eita trem
gostoso!...
Eita trem bão!
Montes Claros
(MG), 19-01-2014
RELMendes
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