Sequiosa
e no cio...
A
terra ressequida do cerrado
Espera
ansiosa
As
chuvas de primavera
Que
às vezes chegam copiosas
Para
encharcar o chão sedento,
Que
as acolhe ávido e feliz.
Tal
qual moça fértil
O
cerrado absorve sequioso
O
sêmen d’água do céu despejado
Para
saciar-lhe a libido efervescente,
Porque
quer parir frutos gostosos,
E
fecundar ligeiro
As
recatadas sementes de flores rústicas
Que
anelam o desabrochar célere
De
todo o seu encantamento...
Embora
ainda escondidas no útero da terra.
A
vislumbrar surpreendido
A
delicadeza de tamanho encantamento,
Extasiado
percebo:
Que
flores rústicas enfeitam,
Que
frutos grosseiros
Lambuzando
saciam...
Que
chuvas de primavera
Emprenham
o cerrado,
E
que depois
Tudo
se faz poesia...
Montes
Claros(MG), 08-12-2011
RELMendes
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