sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Um Convite à Maria Luiza

(Alguns porquês... justificam o convite!)


A rever caminhos palmilhados...
Defrontei-me com tua silhueta graciosa
A enfeitar a tessitura de minhas andanças...
Então...
Recordei-me de belos momentos...
Em que adentramos
Por caminhos desconhecidos...
À busca do mistério das coisas...

Para mim...
Tua amizade era invólucro,
Não chama que se apaga
Ao suspiro da intriga.
Pois, amparados um ao outro,
Conseguíamos nos desvencilhar de empecilhos...
Que tentavam se  interpor entre nós.

E nós...
Só tergiversávamos...
Acerca de nossas fragilidades...
Partilhamos sonhos de esperança...
Investíamos na possibilidade
De acertar o caminho a ser trilhado...
Para não postergar a solidão
Que insistia em nos circundar...
De quando do meu exílio...

Em jornal local,
Utilizávamos metáforas literárias...
Pra exteriorizar a amizade tecida...
(Na oferta do abraço consolador...)
Chegamos a enfeitar...
Com guirlandas de lealdade,
A travessia de nossas utopias...
Desafiamos a montanha...
Só pra contemplar a beleza da flor
Lá resguardada...

Ah! Cara poeta amiga...
Há beleza demais no quadro da amizade,
Que juntos pintamos...
Hoje, ele (o quadro da amizade)  
Está escondido...
Lá no cerne de nossas recordações...
E aguarda ansioso,
A conclusão do seu encantamento...

Montes Claros, 21-06-2010
RELMendes


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