-Quando estou
como estou agora,
Pássaro ferido
de amor...
-Não silencio
nem me escondo,
Posto que até declamo
esse amor
Em versos
poemas ou poesias...
Em qualquer
esquina que paro,
Para quem
quiser me ouvir...
-Nem postergo
o seu conhecimento
Para depois de
amanhã...
Posto que
agora...em um botequim qualquer,
Declino-o...sem
pundonores algum,
Para que todos
saibam...antecipadamente,
A qualquer
especulação duvidosa...
Que estou neste
agora...
Pássaro, profundamente,
ferido de amor...
Então, por
favor...
Lancem
depressa por ai afora...
Quem sabe quiçá
ao vento,
Ou quiçá...à
boca miúda,
Todos os
versos ou os versos todos
Todas as
palavras ou as palavras todas
Desse nosso poema
de amor
De uma paixão
desvairada
Que só nós
dois é que sabemos
O quão ele é plenamente
intenso...
-Posto que o
vivenciamos neste agora,
Quão ele é
impossivelmente eterno
-Posto que é
certamente finito...
Porém desconfiamos
profundamente
Que certamente
ele se esconderá
Nos desvãos de
uma saudade infinda...
Vez que nesse nosso
então...
A nós nos enche
de contentamento
E de um inenarrável
prazer sem fim.
Montes Claros,
18-10-2012
RELMendes
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