terça-feira, 2 de outubro de 2012

Outono, um convite a poesia...




Ah! Outono...
Aparentemente...
Uma estação cinzenta
Ora morna ora fria,
Quase sempre triste
Pura melancolia!...

Aparentemente
Aquieta-se o mundo:
Tudo parece calado,
Tudo parece morto,
Tudo parece parado.
Um silêncio profundo!
  (Esbraveja um incauto sabichão!)

Apoquentado, rápido refuta
Um atento e sábio ancião:
Ah, que tolo engano!...

No outono
Há uma intensa trama de amantes
Tanto quanto há na florida primavera.
Nele a vida também pulsa vibrante
Tanto quanto se alvoroça contente
No verão iluminado e quente:

-Árvores se desnudam das folhas;
-Ipês enfeitam de flores o seco chão;
-Tom de viola, pandeiro e zabumba,
  Há em qualquer roda de samba;
-Mulheres e homens (quase ébrios)
 Gargalham nos botecos e nos bares...
-Agora mesmo tem um tantão de mulheres
  Parindo por ai afora:
Eis ai a continuidade da espécie garantida!
Eis ai motivos de sobra pra se poetizar tudo
Por esse mundão afora!...

Ah! Também no outono
Musas e poetas polvilham o mundo inteirinho
Com muitos versos, lindas poesias e belos poemas.
E todos tecidos com delicadeza,
Bordados de alegria
E de esperança repletos...


Montes Claros (MG), 19-04-2012
RELMendes

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