(arrochos de
bem antigamente)
Ah! Não há no
mundo quem não saiba
Que no
percurso da vida
Tive muitos
amores:
- Uns paixão
verdadeira e intensa
 ( nem outros subsequentes
   nem tampouco a batuta do tempo
   conseguiram apaga-lós 
   completamente)
- Outros
somente arroubos efêmeros
  De um coração juvenil apaixonado
  (se
quão rapidamente vinham
   também quão ligeiros se 
   diluíam no mundo encantado 
   dos sonhos e das fantasias pueris enfim)
- alguns
outros ainda 
  Nada mais além 
 Que marromabas safadas 
  De um jovem inconsequente
  ( a se vergar à efervescência 
    da libido desordenada)
Ah, meu Deus!
Sabe-se lá...
-Quantos
beijos roubei
-Quantos
cheiros 
 sorrateiramente surrupiei
- Quantos
arrochos 
 Indiscretamente 
Sem cerimônias
eu dei...
Ah, quem dera
sabe-los ainda?! 
Ara! Então,
volvamos lá ao pretérito
 ( hoje já tão distante)
 Pra eu cascavilhar saliências saborosissímas
Que não
pretendo esquecer jamais
 (“nem bem de vagarinho”... ora bolas!)
Ah! Quantos
beijos roubados?!
Ligeiras, com um
suave empurrão
E um discreto
sorriso...
Dos beijos elas
se esgueiravam 
Sorrateiramente...
Oh! As mãos curiosas...
Oh! As mãos curiosas...
E de espertezas
cheias
Abusadas deslizavam
Abusadas deslizavam
Por
suas costas macias                                                             
E desnudas...
Ah, meu Deus!...
Como era maroto o nariz!...
Ávido, inalava o hálito
- De propósito - exalado
Pelas suas bocas aveludadas
Que de graça o ofereciam!...
E pra completar
Ah, meu Deus!...
Como era maroto o nariz!...
Ávido, inalava o hálito
- De propósito - exalado
Pelas suas bocas aveludadas
Que de graça o ofereciam!...
E pra completar
O bendito nasal
Ainda cheirava
profundo
Suas enrubescidas cútis
Que deliberadamente, com sutil elegância
Delicadas a valsar elas as ofertavam
Perfumadas...
Por fim...
Suas enrubescidas cútis
Que deliberadamente, com sutil elegância
Delicadas a valsar elas as ofertavam
Perfumadas...
Por fim...
Todos esses
meus muitos amores 
Prorromperam
em mim abusados,
Só pra esculhambar o meu peito.
Pois fincaram no tempo
Só pra esculhambar o meu peito.
Pois fincaram no tempo
Suas estacas
de saudade
só pra ungir de lembranças
A eternidade de alguns momentos
Que ainda hoje serpenteiam... aloprados,
Pelo desenrolar de meus dias...
Montes Claros(MG), 05-02-2012
RELMendes
só pra ungir de lembranças
A eternidade de alguns momentos
Que ainda hoje serpenteiam... aloprados,
Pelo desenrolar de meus dias...
Montes Claros(MG), 05-02-2012
RELMendes

Ah! os amores. Ainda que passados, de todo nunca de fato passam. Ficam, ainda que em palavras e lembranças inapagáveis.
ResponderExcluir